sexta-feira, 30 de abril de 2010

O Inhame

Para quem está se sentindo cansado, com moleza, sintomas de gripe...pode ser que um simples sorvete de inhame resolva seu problema e você volte naquele pique de novo...
As folhas são em forma de coração e parece até uma planta ornamental. Uns dizem que é hortaliça. Outros, que é tubérculo ou raiz. Tem gente até que confunde o nome, chama o inhame de cará. Mas os especialistas explicam: o inhame é um rizoma, um caule modificado que leva água e nutrientes para a planta.
“Parte é usada pela planta para crescer e o que não é usado, como a nossa gordura, é acumulado no rizoma”, esclarece o engenheiro agrônomo Néstor Herédia, doutor em inhame. No Equador, onde nasceu o professor, o inhame entra cedo na dieta das crianças. Há 23 anos Néstor mora no Brasil. É pesquisador e professor na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Defensor ferrenho do inhame, ele diz que o cultivo da planta é muito fácil e barato. Pode até ser uma fonte de renda para os pequenos produtores. “É praticamente plantar, limpar e colher. É só manter – não tem praga, não tem doença”, ressalta o professor.

Na região serrana de Santa Leopoldina, no Espírito Santo, os pequenos agricultores descobriram isso. Eles já produzem mais de 5 mil toneladas de inhame por ano e estão exportando para Europa, Estados Unidos e Canadá.
“É um alimento rico em carboidrato, cheio de cálcio, ferro, fósforo, além de ter vitaminas do complexo B, especialmente a vitamina B1, importante no crescimento das crianças, e a vitamina B5, que auxilia o sistema imunológico”, ressalta a nutricionista Jaira Moura. Rico em amido, o inhame é um enérgico natural para a criançada. A nutricionista alerta: deve ser sempre muito bem cozido. O bom é que a quantidade de carboidratos contida no inhame não o torna calórico demais. “Se compararmos, 100 g de inhame têm menos calorias que 2 bolachinhas recheadas e uma quantidade de nutrientes muito mais importantes”, diz a nutricionista.

Além de gostoso, as qualidades do inhame são tantas que a gente não se cansa de descobri-las. “O inhame, além de minerais e vitaminas, que as pessoas normalmente necessitam na alimentação, tem fibra, que favorece o funcionamento do intestino. Ele ainda é rico em hormônio, que pode amenizar os sintomas da menopausa em mulheres. É só comer o inhame”, aconselha a professora.

MAS ATENÇÃO...em época de dengue e de mortes confirmadas é bom estar atento ao que esta matéria publicada no G1 diz:

Há e-mails circulando na internet, falando sobre o possível poder que o inhame teria em prevenir a dengue, se ingerido três vezes por semana e que ele teria propriedades de limpar o sangue e fortalecer o sistema imunológico. Segundo Erico (entomologista da Fiocruz,Fundação Oswaldo Cruz,Anthony Érico Guimarães, especialista sobre a doença), o que atrai o mosquito são os odores que o ser humano elimina. Assim, qualquer produto que a pessoa ingira confundirá a fêmea do mosquito quando for eliminado pelo organismo.
“Tanto o inhame, como o complexo B ou o alho, serão expelidos pelo corpo humano. O grande erro é que para eliminar qualquer uma dessas substancias, em quantidade suficiente para confundir a fêmea do mosquito, uma enorme dose dessas vitaminas ou alimentos, terá que ser ingerida. Além disso, esses produtos em grandes quantidades causam malefícios. O complexo B, se ingerido em muita quantidade, causa toxidez, o alho em grande quantidade espanta o mosquito e as pessoas a sua volta, e o inhame também não faz bem para o organismo”, afirma o entomologista garantindo que embora isso seja baseado no fato de que ao eliminar um produto você confunde a fêmea, não significa que deva ser usado.
“O Aedes aegypti é um mosquito que veio para ficar. Então tem que se aprender a eliminar o mosquito. Agora, mais do que isso, as pessoas também têm que ser atendidas de uma maneira razoável. Mas não podemos esquecer que o Rio de Janeiro possui realmente um cenário geográfico e um clima que favorecem o mosquito. As comunidades sobem montanhas o que significa que há dificuldade em levar a água até lá e obriga as pessoas a armazenarem água. Também há dificuldade de retirar o lixo, o que faz existirem mais reservatórios. Se o combate e o atendimento à população não forem eficazes, teremos sempre muita dengue no Rio de Janeiro.”
(fonte: Rede Globo)

Daniela Meira - produtora de culinária Mais Você

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