Pra um bolo? Um doce?
Não, não estou num restaurante português....
Estou no Ten Kai, restaurante japonês em Ipanema, na esquina das ruas Prudente de Moraes e Paul Redfern. O restauranteur Cesar Hasky, comanda os 2 Ten Kai no Rio (Ipanema e Centro) há 11 anos. Ele, um apaixonado pela culinária japonesa, teve em seu quadro de funcionários um mestre sushiman (que faleceu ano passado) que ensinou mais do que sushis e tradições japonesas. Talvez este funcionário tenha incentivado o próprio Cesar a se tornar um fiel seguidor desta culinária e suas tradições.
Para jantar.... Sukiyaki.....mas diferente.....com ovo cru...!!!
O Sukiyaki tem origem camponesa e data da era medieval.
A palavra Sukiyaki é uma palavra composta onde Suki significa rastelo e Yaki significa assar, deste modo, sukiyaki significa assar com rastelo.
Muito antigamente os camponeses assavam batatas-doces diretamente no fogo com o auxílio de um rastelo japonês (para facilitar o processo) e evitar que os camponeses levassem instrumentos muito pesados. Ai, o tempo foi passando, e os camponeses começaram a assar outros tipos de legumes, foram colocando outros ingredientes, um molho aqui, outro tempero ali, deixaram o rastelo de lado e puseram tudo numa panela de ferro (que também fazia as vezes de prato onde todos comiam na mesma panela....ui). Nas festas tradicionais, o sukiyaki já era obrigatório, depois da re-leitura do prato acabou ganhando um valor espiritual reafirmando os laços familiares, afetivos e de amizade através da mesa.
Voltando ao jantar....veio uma atendente, ajoelhou-se trazendo os ingredientes do sukyiaki, panela e os ovos. Aquece a panela, derrete a manteiga, refoga um pouco a carne, coloca as folhas de acelga, a cebola, tudo em cubo ou quadrado ou do tamanho de uma bocada, já que se come com hashi (= varetas utilizadas como talheres em boa parte dos países do Extremo Oriente), os cogumelos, as cebolinhas e o tofu em cubos, mexa daqui, mexe dali, põe o molho dashi (feito com shoyu, os sakes comum e mirim doce e açúcar), macarrão de batata, cozinha mais um pouco e pronto. Ela pegou 2 ovos, bateu na mão e deixou ali do meu lado. Fez isso com os outros. Cada um com sua porção de ovos batidos. Daí entendemos qual era a idéia....pega um pedaço de carne, passa rapidamente nos ovos batidos e...nhac....Sim, ovo cru (e eu não gosto disso, hein) mas são ossos do ofício, então encarei. Com o calor intenso do ingrediente que está na panela, fervendo, na sua frente, quando você passa rapidamente pelo ovo, este cozinha um pouco...não fica com gosto de ovo, nem cheiro de ovo. Lembra aquele ovo mole, que a gente comia no café da manhã, antes das salmonellas serem descobertas?????Então, é este gosto que fica, misturados o gosto dos outros ingredientes...TUDO DE BOM. Comi alguns, pois como já não estou mais acostumada a esses exageros noturnos, é melhor evitar abusos....
MUITO BOM!
Não, não estou num restaurante português....
Estou no Ten Kai, restaurante japonês em Ipanema, na esquina das ruas Prudente de Moraes e Paul Redfern. O restauranteur Cesar Hasky, comanda os 2 Ten Kai no Rio (Ipanema e Centro) há 11 anos. Ele, um apaixonado pela culinária japonesa, teve em seu quadro de funcionários um mestre sushiman (que faleceu ano passado) que ensinou mais do que sushis e tradições japonesas. Talvez este funcionário tenha incentivado o próprio Cesar a se tornar um fiel seguidor desta culinária e suas tradições.
Para jantar.... Sukiyaki.....mas diferente.....com ovo cru...!!!
O Sukiyaki tem origem camponesa e data da era medieval.
A palavra Sukiyaki é uma palavra composta onde Suki significa rastelo e Yaki significa assar, deste modo, sukiyaki significa assar com rastelo.
Muito antigamente os camponeses assavam batatas-doces diretamente no fogo com o auxílio de um rastelo japonês (para facilitar o processo) e evitar que os camponeses levassem instrumentos muito pesados. Ai, o tempo foi passando, e os camponeses começaram a assar outros tipos de legumes, foram colocando outros ingredientes, um molho aqui, outro tempero ali, deixaram o rastelo de lado e puseram tudo numa panela de ferro (que também fazia as vezes de prato onde todos comiam na mesma panela....ui). Nas festas tradicionais, o sukiyaki já era obrigatório, depois da re-leitura do prato acabou ganhando um valor espiritual reafirmando os laços familiares, afetivos e de amizade através da mesa.
Voltando ao jantar....veio uma atendente, ajoelhou-se trazendo os ingredientes do sukyiaki, panela e os ovos. Aquece a panela, derrete a manteiga, refoga um pouco a carne, coloca as folhas de acelga, a cebola, tudo em cubo ou quadrado ou do tamanho de uma bocada, já que se come com hashi (= varetas utilizadas como talheres em boa parte dos países do Extremo Oriente), os cogumelos, as cebolinhas e o tofu em cubos, mexa daqui, mexe dali, põe o molho dashi (feito com shoyu, os sakes comum e mirim doce e açúcar), macarrão de batata, cozinha mais um pouco e pronto. Ela pegou 2 ovos, bateu na mão e deixou ali do meu lado. Fez isso com os outros. Cada um com sua porção de ovos batidos. Daí entendemos qual era a idéia....pega um pedaço de carne, passa rapidamente nos ovos batidos e...nhac....Sim, ovo cru (e eu não gosto disso, hein) mas são ossos do ofício, então encarei. Com o calor intenso do ingrediente que está na panela, fervendo, na sua frente, quando você passa rapidamente pelo ovo, este cozinha um pouco...não fica com gosto de ovo, nem cheiro de ovo. Lembra aquele ovo mole, que a gente comia no café da manhã, antes das salmonellas serem descobertas?????Então, é este gosto que fica, misturados o gosto dos outros ingredientes...TUDO DE BOM. Comi alguns, pois como já não estou mais acostumada a esses exageros noturnos, é melhor evitar abusos....
MUITO BOM!
Daniela Meira – Produtora de Culinária – Mais Você
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