segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Informações à Mesa perguntou na enquete da semana passada: Quantas vezes por semana o ovo (frito ou cozido) está no seu cardápio e as respostas e porcentagens foram as seguintes:

Não está = 16%
Uma vez = 43%
Duas vezes = 10%
Mais que três vezes = 30%

Esses resultados me surpreenderam um pouco pois achei que a menor incidência fosse a resposta "Mais que três vezes" e não foi. "Uma vez" e "Mais que três vezes" foram as respostas que mais tiveram votos.

O que é mais importante que isto é verificar antes o seu nivel de colesterol. Faça uma vez ao ano o exame de sangue e veja seus níveis de colesterol. Esse índice vai dizer se você deve controlar a ingestão de ovos ou não. Mas mesmo que você esteja com um nível um pouco alto (veja...um pouco alto), não abandone os ovos de sua dieta e sempre consulte um nutricionista para te auxiliar. Um pensamento básico, se for fazer uma omelete por exemplo, coloque uma gema e duas claras. As claras sempre estão liberadas! Agora, se você respondeu a enquete e come mais que três vezes ovos por semana e não tem problemas com seu colesterol, continue incluindo este alimento na sua alimentação, pois é uma fonte proteíca riquíssima, versátil, cjeia de nutrientes essenciais e barata!

Vejam as informações abaixo segundo o Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo.

O ovo é rico em ferro, fósforo, cálcio e vitaminas A, B6 e B12. O ferro, por exemplo, previne e combate algumas doenças, como a anemia. O fósforo e o cálcio trabalham em conjunto para manter a saúde dos ossos. A vitamina A traz benefícios aos ossos e à visão. A B6 atua nos músculos e nos tecidos, enquanto que a B12 fortalece o sistema nervoso e contribui para a formação do sangue.

Mas esses benefícios têm que ser dosados e na medida certa só vão ajudá-los.

Porções saudáveis

Com tantos benefícios, pode-se comer ovos todos os dias. Há décadas, imaginava-se que o ideal era incluir o alimento no cardápio apenas duas vezes por semana. Atualmente, os nutricionistas já admitem a presença do ovo quatro vezes por semana como prato principal ou como ingrediente de preparo. Mas atenção: o excesso dele pode elevar os níveis de colesterol e aumentar o risco de doenças cardiovasculares. A gema é a principal vilã, com cerca de 200 miligramas de colesterol. Mas a clara está isenta da gordura.

Dessa forma, o consumo deve ser controlado para aqueles indivíduos que têm colesterol elevado. Para esse grupo, é recomendado o consumo de dois ovos por semana e deve-se também considerar o controle de alimentos que tenham ovos em sua composição, como bolos, tortas, massas e panquecas. Uma boa opção para quem precisa controlar o nível de colesterol é usar nas receitas mais claras do que gemas; por exemplo, uma omelete de duas claras e uma gema.

Existem, porém, aquelas pessoas que devem consumir mais ovos do que outras. É o caso das crianças, que necessitam de porções maiores de proteína, cálcio e ferro, pois estão em fase de crescimento e desenvolvimento. E o ovo para essa turma é um grande aliado. Além dos quatro ovos semanais, pode-se ingerir mais dois ovos como ingrediente na preparação de outros alimentos, como panquecas e tortas.

Outro público que pode degustar o alimento mais vezes é o dos atletas, exceto aqueles com índice de colesterol elevado. Quem faz treinamento forte em alguma modalidade esportiva pode seguir a mesma dosagem que a da criança e comer, além dos quatro ovos semanais, mais dois como ingrediente de preparo de outros alimentos. Mesmo com a inclusão maior dessa proteína, o atleta deve manter uma alimentação rica também em carboidratos, vegetais, frutas e fibras.

Curiosidades da granja

Prefira ovos caipiras: estudo realizado pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo na década de 90 mostrou que os ovos de galinhas criadas soltas possuem cerca de quatro vezes mais vitamina A do que os ovos de granja. Além disso, não contêm resíduos de antibióticos e de outros produtos químicos, pois não recebem rações comerciais.

Evite as frituras: na hora de preparar os ovos, prefira-os cozidos ou como omeletes. Troque a manteiga ou margarina por um fio de azeite. Experimente também prepará-los à moda poché, como se fosse frito, mas em vez de gordura coloca-se um pouco de água no fundo da panela.

Nada cru: tire do cardápio o consumo de ovo cru, pois o alimento pode conter salmonela, que causa a salmonellose - doença caracterizada por febre, vômitos e diarreia. Dessa forma, elimine receitas como mousses, maioneses, coberturas e recheios de bolos que tenham ovos crus.

Cor da casca: a coloração branca ou vermelha não significa que há mais ou menos nutrientes; identifica apenas a raça da galinha.

Qualidade total: na hora de escolher o produto, verifique se a casca não tem rachaduras e se está limpa, áspera e fosca. Isso é sinal de qualidade. Outra dica é verificar, antes de ingerir, se o alimento é fresco, ou seja, se tem a clara espessa e viscosa e a gema redonda, firme e centralizada.

Local fresco: o armazenamento dos ovos deve ser feito sob refrigeração e, de preferência, deve-se evitar colocá-lo na porta da geladeira, pois o abre-e-fecha da porta pode causar alterações na temperatura, rachar a casca e comprometer a qualidade do produto.

Fresco: para ver se o ovo que está na sua geladeira ainda está bom, antes de abrí-lo, coloque-o dentro de um copo com água. Se ele boiar, descarte-o, se ficar no meio do copo, descarte-o, mas se afundar....abra-o já e pode consumir!

(foto: ferrus.blogs.sapo.pt)
Obrigada pela participação. Hoje mesmo começa uma nova enquete... aguardo sua participação!

Daniela Meira - produtora de culinária Mais Você

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