quarta-feira, 8 de junho de 2011

Os dez vinhos mais caros do mundo

Na semana que antecede o dia dos namorados, é bom saber que existem vinhos e VINHOS!. Se na sua comemoração, a ocasião pedir um vinho,vou dar meu conselho muito pessoal. Eu faria o seguinte: na hora de um leigo escolher um vinho, escolha um cabernet sauvignontannat ou tempranillo na faixa de R$ 50 reais no mercado ou uns R$ 90 reais em um restaurante. Se sua ou seu companheiro(a) não está habituada(o) a tomar vinho, então esqueça. Não vá forçá-la(o) a tomar algo que não gosta. Se não estiver habituada(o) mas gostar, então peça um prosecco ou espumante. É leve, não é caro e não tem como errar! Claro que eu não sou expert neste assunto e muito de longe me arrisco a dizer qualquer coisa sobre este assunto tão delicado e antigo. Mas acho bom saber quais os vinhos mais caros e por que eles são tão caros!

O que faz de um vinho um grande vinho? Ou por que ele é tão caro? De uma forma simplista, existem diversos pontos em comum entre os considerados maiores vinhos do mundo. Vinhos caros são produzidos com ingredientes de altíssima qualidade a partir de processos rigorosamente definidos e em pouca quantidade. São feitos por produtores de grande renome e capazes de resistir ao tempo. Eles são reconhecidos e aclamados por críticos no mundo todo.

Na lista dos dez vinhos mais desejados e caros do mundo, todos são franceses. Cinco deles são os Premières Grand Cru de Bordeaux, classificação "por qualidade" feita em 1855, a pedido de Napoleão III. Obviamente, uma lista como essa pode gerar controvérsias. Tudo depende de quem avalia, mas de uma forma geral, todos esses que serão apresentados a seguir estão extremamente bem qualificados e não chegam nem perto de ter um preço razoavelmente acessível.

1. CHÂTEAU HAUT-BRION (TINTO)
Haut-Brion é uma das mais antigas vinícolas de Bordeaux, com as primeiras referências datando de 1423. Único vinho fora da região de Médoc (fica em Graves), em Bordeaux, classificado como Premier Grand Cru em 1855. Considerado por diversos críticos, inclusive Robert Parker, como o melhor vinho dentre os cinco Premier Cru.

2. CHÂTEAU LAFITE ROTHSCHILD (TINTO)
Classificado como o primeiro dos Premières Grand Crus em 1855, a pequena e elegante vinícola é sinônimo de riqueza, prestígio, história e respeito. É conhecida por produzir vinhos de notável longevidade. Uma garrafa de 1787 deste vinho já foi leiloada por US$ 160 mil.

3. CHÂTEAU LATOUR (TINTO)
Também um Premier Grand Cru, Latour tem o perfil clássico característico dos tintos da região de Pauillac, considerado por muitos o mais potente dos cinco grandes. Uma garrafa magnum da safra de 1961, por exemplo, já foi vendida por US$ 62 mil. Uma curiosidade: por volta do século XVII, Lafite, Mouton e Latour pertenceram a um mesmo dono, o Marquês de Segur, dito "Príncipe dos Vinhos".

4. CHÂTEAU MARGAUX (TINTO)
Junto com o Château Lafite, Margaux é o mais estiloso e aristocrático dos Premières Grand Crus. Poderoso e elegante, sua estrutura lhe garante grande longevidade. Gioacchino Rossini, um dos mais famosos compositores italianos de ópera, chegou a compor uma canção em homenagem a este vinho.

5. CHÂTEAU MOUTON ROTHSCHILD (TINTO)
Desde o fim da II Guerra Mundial, os rótulos desse Premier Grand Cru são marcados por obras originais de artistas contemporâneos, convidados especialmente pela vinícola. Nomes como Salvador Dalí (1958), Joan Miró (1969), Marc Chagall (1970), Pablo Picasso (1973) e Andy Warhol (1975) já adornaram suas garrafas.

6. PÉTRUS (TINTO)
Produzido em Pomerol, o Pétrus é um dos tintos lendários de Bordeaux, ainda que não seja um Premier Grand Cru (não existe classificação oficial para os vinhos do Pomerol). O vinho apresenta potência, volume e taninos firmes, mas elegantes. Ele se tornou especialmente conhecido depois que a Rainha Elizabeth II se encantou com o vinho e ele foi servido em seu casamento e em sua coroação.

7. CHÂTEAU CHEVAL BLANC (TINTO)
Sem dúvida, um dos mais profundos vinhos de Bordeaux, classificado como Premier Grand Cru Classé A da região de Saint-Émilion. Cepas: Cabernet Franc e Merlot. Ganhou mais notoriedade no filme "Sideways" e também em "Ratatouille". Uma garrafa de 6 litros já foi vendida por mais de US$ 300 mil em leilão recente.

8. CHÂTEAU D'YQUEM (DOCE)
Indiscutivelmente, o melhor vinho doce da França. Rico, potente e exótico. Celebrado por escritores como Vladmir Nabokov, Fiodor Dostoievski, Marcel Proust, Júlio Verne, Alexandre Dumas Filho, etc. Produzido na sub-região de Sauternes, em Bordeaux, as uvas utilizadas na produção desse Premier Cru Supérieur são colhidas seletivamente, por vezes, uma a uma, sendo usadas apenas aquelas afetadas pela Botrytis cinerea (um fungo). As safras são muito diminutas.

9. ROMANÉE-CONTI (TINTO)
Sem dúvida, a Domaine de la Romaneé-Conti é a propriedade mais famosa da Borgonha. Em uma parcela de 1,8 hectare, se produz apenas 6 mil garrafas do famoso La Romaneé-Conti a cada safra. O vinho é marcado por elegância e sedosidade e está entre os mais procurados do mundo.

10. LOUIS ROEDERER CRISTAL BRUT (CHAMPAGNE)
A vinícola Louis Roederer tem mais de dois séculos de existência e elabora alguns dos melhores vinhos de Champagne. Hoje apreciado por celebridades, o Cristal Brut foi desenvolvido especialmente para o czar Alexandre II em 1876.


Daniela Meira - produtora de culinária Mais Você

Nenhum comentário: