sexta-feira, 29 de julho de 2011

Estamos comendo muito mal, você sabia?

O IBGE divulgou ontem uma pesquisa mostrando que a população brasileira ainda não se alimenta direito. Segundo esta pesquisa mais de 90% da população come poucas frutas, legumes e verduras

Segundo a pesquisa POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), divulgada quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o brasileiro consome em média mais de meio saco de café por dia. E foi justamente esse produto, o mais consumido pelas famílias do país, um dos que ajudaram a baixar o valor da cesta básica da semana.

No levantamento também divulgado ontem pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) em quinze supermercados da região, o produto ficou R$ 0,10 mais barato do que na comparação com a terceira semana de julho, passando a custar R$ 4,81. Já o restante da lista de itens essenciais ficou R$ 3,25 mais em conta. Passou a custar R$ 352,40. A diferença pode parecer pequena, mas já é suficiente para comprar mais um saco de feijão, o segundo produto mais consumido pela brasileiro. O companheiro do arroz no prato de adultos e crianças, aliás, foi o que apresentou a maior queda de preços no período da pesquisa. O valor do saco de um quilo caiu de R$ 2,41 para R$ 2,27, em média.

Outros produtos que também ficaram mais baratos no período foram os ovos, que podem ser encontrados por até R$ 3,32, ou R$ 0,14 a menos que na semana passada. O mesmo aconteceu com a carne de boi, tanto a de primeira quanto a de segunda. O quilo do coxão mole ficou 3,35% mais barato. Já o preço do acém caiu 2,02%. Com o desconto (R$ 2,16), dá para comprar um saco de farinha de trigo (R$ 2,02).
Os produtos não figuram nas listas dos mais consumidos pelo brasileiro. Nem por isso perdem importância, já que são alimentos saudáveis. Dentre os componentes de uma salada típica, o alface foi o único que ficou mais barato na semana.

O pé do produto ficou R$ 0,07 mais em conta. Já a cebola e o tomate encareceram. O preço médio desses dois produtos chega a ser até R$ 0,04 por quilo mais caro.
Ainda segundo a pesquisa do IBGE, os sucos são o quarto produto mais consumido. Diariamente, o brasileiro consome, em média, meio copo pequeno da bebida. Mas nessa semana, os que gostam de um bom suco de laranja, terão que escolher outra fruta para a sua bebida preferida. O quilo do produto foi que mais encareceu em uma semana. Passou de R$ 1,37 para R$ 1,51. Um aumento de 10,22%.

Pelo menos na hora de lavar a louça (e a roupa suja), o consumidor saiu ganhando na última semana. Ítens como o sabão em barra e em pó e detergente também ficaram em média 1%, ou R$ 0,14, mais baratos.
Outros produtos que ficaram mais caros também - mas que não são de comer - foram os de higiene pessoal. Produtos como sabonete, creme dental e o pacote de papel higiênico ficaram em média 2% mais caros.

Fora da cesta básica, mas dentro das casas brasileiras
Dentre os 20 produtos mais consumidos pelo brasileiros, segundo a pesquisa POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nove não estão entre os itens da cesta básica. E quais são esses itens? São produtos como sucos – tanto os naturais quanto os artificiais – refrigerantes, cerveja e bebidas lácteas.

Segundo o levantamento do IBGE, 90% da população brasileira consome frutas, legumes e verduras em quantidades abaixo das recomendadas pelo Ministério da Saúde, que é de 400g por dia. A única fruta da lista de produtos preferidos é a laranja, e mesmo assim, são consumidos 20g diariamente, menos de 5% do ideal. “Esses hábitos alimentares são o reflexo da falta de tempo nas famílias. Os pais tem o hábito de fazer refeições rápidas e acabam passando esses hábitos para os seus filhos. É algo muito ruim”, destacou a nutricionista Bruna Lopes Camargo.

Ainda segundo a nutricionista, a falta de tempo não pode ser utilizada para justificar maus hábitos alimentares. “É possível fazer um processo de reeducação alimentar. Uma dica é não deixar para comer na rua e tirar um tempo para preparar a comida em casa”, completou Bruna.

Dentre os hábitos alimentares de homens e mulheres, alguns produtos porém se destacam mais entre os brasileiros do sexo masculino. O consumo diário de cerveja, por exemplo, é duas vezes maior entre os homens do que entre as mulheres. Já o consumo de chás é três vezes maior entre o sexo feminino do que entre as pessoas do sexo masculino.

(fonte:Bom Dia)


Daniela Meira - produtora de culinária Mais Você


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